Guia independente com informações e dicas sobre Porto Alegre, editado por Marcelo Spalding
Muitos dos meus alunos e leitores hoje são de fora do Rio Grande do Sul, graças ao sucesso dos cursos online, então este guia é para estes leitores viajantes que pensam em visitar nossa Porto Alegre. Confesso ser um exercício interessante olhar para nossa própria cidade e pensar em motivos para que alguém a visite, afinal não temos praias como Rio de Janeiro e Florianópolis, shows como São Paulo, prédios famosos como Brasília, frio intenso como Cambará do Sul, igrejas históricas como Salvador, sequer parques ou estrutura hoteleira como Gramado e Canela.
Por outro lado, pessoas que visitam Porto Alegre costumam elogiar a cidade, se encantar com seu Centro Histórico em pleno funcionamento e relativamente conservado, com a grandiosidade dos estádios de futebol, com a orla e o pôr do sol, com os restaurantes (sim, se come muito bem no Rio Grande do Sul, e quanto mais eu viajo, mais eu tenho certeza disso). Porque uma cidade não precisa ser a melhor em algum dos critérios para que seja interessante, assim como nós não precisamos ser – e não somos – os melhores em nada para sermos interessantes. Uma cidade é um organismo vivo, e é a combinação de suas características, sua dinâmica, sua história e sua cultura que a torna interessante.
+ Pontos turísticos e passeios
+ Restaurantes e food parks
+ Crônicas relacionadas
É verdade que não temos praia, mas o Guaíba (cuja polêmica se é rio ou lago continua, e aumentou depois da Grande Enchente de 2024) é nosso tradicional cartão postal, a partir dele que a cidade foi se constituindo. Sua orla, hoje, é sem dúvidas o ponto turístico mais interessante da cidade, pelo formato e pela extensão. Não sei se conheço calçadão melhor para caminhar, pedalar e praticar esportes. Especialmente nos domingos e feriados, quando a pista de carros é bloqueada. Para quem gosta de tradição, vale se hospedar próximo à Usina do Gasômetro (tradicional ponto turístico e cultural da cidade que infelizmente está há anos fechado, um descaso indesculpável do poder público), e caminhar pela orla dali em direção ao Shopping Pontal, onde está o Hard Rock. Para quem prefere shoppings sofisticados, vale se hospedar próximo ao Pontal e caminhar em direção ao Centro. São cerca de dez quilômetros de extensão do Pontal à Usina. A orla também é o melhor lugar para apreciar o famoso pôr do sol do Guaíba (melhor ainda se você pegar um dos barcos que saem do Embarcadero no horário do pôr do sol).
O Centro Histórico de Porto Alegre tem diversos prédios centenários e em pleno funcionamento. Ao redor da Praça da Alfândega, onde acontece a Feira do Livro, há o Centro Cultural Erico Verissimo, MARGS, Memorial, Santander. Um pouco mais adiante, temos a Casa de Cultura Mario Quintana. Subindo para a parte alta do Centro, ao redor da Praça da Matriz estão a Catedral, o Palácio do Governo, a Biblioteca Pública e o Theatro São Pedro (aliás, tente assistir a alguma peça no histórico teatro principal do São Pedro, é belíssimo). Caminhe pela Duque de Caxias em direção ao Viaduto Otávio Rocha, cartão postal da cidade. Descendo novamente, vá em direção à Praça Quinze de Novembro, onde ficam o Chalé da Praça XV, o Mercado Público e o Paço Municipal. Diferentemente de outras capitais, o Centro de Porto Alegre segue pulsante, os prédios citados todos em funcionamento, mesmo depois da Grande Enchente de 2024 que deixou essa região da cidade abaixo d’água. Se você viu notícias, imagens e fotos na época da enchente, conhecer pessoalmente o lugar será ainda mais impactante, o que não deixa de ser bom para fortalecer nossa consciência ambiental.
Porto Alegre se orgulha dos seus parques. De fato, antes da Orla do Guaíba os parques eram os principais pontos turísticos da cidade, com destaque para o Parque Farroupilha (mais conhecido como Redenção), cuja origem remonta ao ano de 1807. O parque conta com diversos monumentos, recantos, estátuas, um lago com pedalinho, food park e o Auditório Araújo Viana, espaço para mais de 3 mil pessoas que recebe diversos shows ao longo do ano. O Brique da Redenção é uma atração a parte: a tradicional feira de artesanato, artes e antiguidades ocorre desde 1978 aos domingos. Outro histórico parque da cidade é o Parque Moinhos de Vento (Parcão), inaugurado no começo dos anos 70 em uma já então zona nobre da cidade. Vale passear não apenas pelo parque como pelos seus arredores, visitar os Jardins do DMAE, a Rua Padre Chagas, a Dinarte Ribeiro. O maior parque da cidade, porém, é o Marinha do Brasil, com 70 hectares. Localizado junto à orla, é um dos parques mais arborizados e naturais de Porto Alegre, apenas com algumas estruturas para esporte e pracinha.
O Shopping Iguatemi é o mais antigo e tradicional da cidade, mantendo-se até hoje como referência pela sua ampla oferta gastronômica e lojas exclusivas na cidade, como Lego, Louis Vuitton e Dolce&Gabbana. Não por acaso, a região do shopping se tornou uma das mais desenvolvidas de Porto Alegre, com arranha-céus, o Parque Germânia, único parque cercado da cidade, e outros dois shoppings, o Bourbon Country e o simpático Viva Open Mall. A Avenida Nilo em direção à Perimetral também funciona quase como um shopping a céu aberto, com prédios novos e suntuosos surgindo a todo momento, como o novo campus da Unisinos. Na outra ponta da cidade, em 2008 surgiu o BarraShoppingSul, da Multiplan, que também aos poucos tem modificado a região. Próximo ao Pontal e integrado com a orla, também traz lojas de marcas conhecidas, além de se destacar por espaços de entretenimento como o Abracadabra e o Hotzone e ser um importante polo gastronômico.
Poucas cidades do mundo têm dois times campões do mundo, e menos ainda dois times com enormes estádios particulares. Então para amantes de futebol, visitar (e quem sabe assistir a uma partida) no histórico Beira-Rio ou na nova Arena do Grêmio é um bom motivo para conhecer Porto Alegre. O Beiro-Rio, vale dizer, está junto à orla do Guaíba, então se você caminhar por ali já irá se deparar com o estádio. A Arena foi construída próxima do aeroporto, você deve enxergá-la já do avião. É o terceiro estádio do Grêmio na cidade desde sua fundação, e o histórico Estádio Olímpico, casa do tricolor de 1954 até 2013, segue definhando na Azenha, em função de imbróglios jurídicos para a posse definitiva do novo estádio. Assim, o Olímpico não deixa de ser um ponto a ser visitado também, mesmo que você se sinta triste ou revoltado pelo que vai encontrar.
Este não é exatamente um ponto turístico, mas não podemos deixar de destacar os diversos barcos que fazem passeios pelo Guaíba. O mais tradicional é o Cisne Branco, que tem várias opções de passeio e embarque pelo Cais do Porto de Porto Alegre, armazém B3 com acesso de pedestres na praça atrás do Mercado Público. Consulte o site www.barcocisnebranco.com.br para conferir os horários e opções de passeios. Da Usina do Gasômetro sai o Barco Porto Alegre 10 (www.barcoportoalegre10.com.br), com passeios de preços bem acessíveis com diferentes opções de itinerários. Já o Catamarã é um barco de transporte entre Porto Alegre e a cidade de Guaíba, mas também usado para passeios. Apesar de não ter parte aberta, o custo de cada trecho é menor e a frequência de embarques é alta. O site para consulta é www.catsul.com.br, e os embarques são no Armazém B3 do Cais do Porto, no Pontal e em Guaíba.
O Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS é um enorme museu interativo com instalações que abordam temas da física à comunicação. Imperdível para quem tem filhos em idade escolar, também irá surpreender aos adultos. O museu fica aberto todos os dias, inclusive sábados e domingos, com valores de ingresso bem acessíveis. Se você for em um dia de semana, aproveite para conhecer o próprio Campus da PUCRS, especialmente os prédios 15 e 40. Aliás, já que comecei focando esta crônica em amantes de leitura e escrita, vale uma visita também à Biblioteca no prédio 16 e ao Instituto Delphos, espaço de documentação e memória cultural com o acervo de Caio Fernando Abreu, Carlos Urbim, Luiz Antonio de Assis Brasil, Moacyr Scliar, Carlos Urbim, Vera Karam e muitos outros escritores, jornalistas e arquitetos. Há objetos pessoais, manuscritos, correspondências, etc. Clique aqui para ler uma crônica sobre o Museu.
Este não é um ponto turístico, mas é um evento tão tradicional e transformador que merece ser citado aqui. Se você gosta de ler e escrever, considere vir a Porto Alegre no período da Feira do Livro (primeira quinzena de novembro). Maior feira do livro a céu aberto da América Latina, com uma tradição de mais de 70 anos e uma infinidade de oficinas e palestras gratuitas, é realizada na tradicional Praça da Alfândega, entre museus e restaurantes. Diferentemente das bienais, em que não apenas se paga para entrar como lá dentro tem de tudo, até livro, e a competição do estande mais suntuoso por vezes ofusca a qualidade do catálogo, nesta é proibido vender outro produto que não livros, e os estandes seguem um padrão semelhante, o que não apenas lhe concede um caráter mais tradicional como nos permite focar naquilo que gostamos, os livros. Para se ter uma ideia de como a Feira envolve a comunidade de autores, em 2023 foram mais de 650 sessões de autógrafos, com mais de 500 autores, ao longo dos 20 dias de evento.
Um dos pontos de destaque do Rio Grande do Sul é, sem dúvidas, a gastronomia. A influência das imigrações portuguesa, espanhola, italiana, alemã, holandesa, árabe, africana e a vizinhança com argentinos e uruguaios faz com que haja por aqui ótimos restaurantes especializados e também muitos que reúnem aspectos dessa mistura gastronômica. A capital gaúcha não poderia deixar de representar toda essa diversidade e abundância. Abaixo indicamos alguns restaurantes, espaços de gastronomia e food parks que valem ser visitados. Os locais citados aqui ou são por motivos históricos ou são recomendações pessoais.
O Boulevard Laçador é um interessante espaço próximo ao aeroporto de Porto Alegre com praça, um pequeno mas interessantíssimo memorial sobre a Varig (importante e saudosa companhia aérea brasileira do século XX) e um conjunto de restaurantes. Curiosamente, os mais importantes restaurantes do complexo são da Serra Gaúcha, então dá para dizer que o Boulevard Laçador é uma oportunidade de experimentar um pouco da culinária da serra sem sair da Capital. Os desatques são a galeteria Di Paolo, a casa de massas Pastaciuta, o holandês Zaandam e a pizzaria Cara de Mau. No local há ainda uma unidade do Madero contêiner, McDonald's, a interessante casa de cucas Vitiaceri e uma unidade da sorveteria Gianluca Zaffari. As duas últimas também são gaúchas e valem uma visita.
Em meus tempos de criança, eram comuns em Porto Alegre churrascarias de espeto corrido com atrações musicais, em que peões e prendas pilchados dançavam chula (minha preferida) e outras danças típicas. Hoje a Churrascaria Roda de Carreta, localizada no CTG35, mantém essa tradição, com shows à noite de quarta a sábado e ao meio-dia nos domingos. Além disso, ainda há diversas churrascarias de espeto corrido pela cidade, dos mais variados preços, em que espetos com vários tipos de carnes e diferentes cortes passam de mesa em mesa. Churrascarias de espeto corrido, aliás, se tornaram presenças constantes em cidades turísticas do mundo todo, como Rio de Janeiro, Lisboa e Orlando (a internacionalmente famosa Fogo de Chão surgiu por aqui e hoje tem unidades de Dubai a Quito, mas não mais em Porto Alegre).
Para quem, como eu, não gosta de rodízios ou buffets, a Churrascaria Barranco é uma ótima opção de churrasco à la carte. Inaugurada em 1969, a casa conta com mesas em espaço fechado e em espaço aberto, em meio a árvores, o que em dias de tempo bom é uma experiência inigualável, uma sensação de bar com comida de restaurante. O cardápio é bastante variado, contando também com filés, saladas e massas. Indico a polenta frita, o carrinho de salada, o filé a parmegiana e, claro, o churrasco.
O Cais Embarcadero foi inaugurado em 2021 com a missão de aproximar os porto-alegrenses do seu porto, uma queixa antiga por aqui. Destruído pela enchente de 2024, foi reinaugurado em novembro do mesmo ano. Localizado ao lado da tradicional (e eternamente em obras) Usina do Gasômetro, o local é um complexo de lojas, restaurantes e espaços de lazer (como beach tennis e parque infantil). Com entrada gratuita e estacionamento para quem for de carro, a inspiração do Cais é o Puerto Madero, de Buenos Aires. Não se compara em extensão, mas a variedade de espaços gastronômicos, a proximidade com o rio e o belo pôr do sol já converteram o local em um dos maiores pontos turísticos de Porto Alegre (tanto que foi e será citado neste guia várias vezes). O complexo reúne mais de 20 quiosques, bares ou restaurantes, com destaque para redes tradicionais do RS como Mamma Mia, Press e 20barra9. O 20barra9 chega a ter um quiosque de bebidas, um restaurante e um deque coberto ao lado do restaurante. Para quem não quer ou não pode gastar muito (os restaurantes não são baratos, vale conferir o cardápio antes), há quiosques com opções como pizza, sushi, comida mexicana, crepe, etc.
Porto Alegre tem o Mercado Público mais antigo do Brasil, inaugurado em 1869, e um dos seus restaurantes mais famosos é o Gambrinus, um dos mais antigos do país, inaugurado em 1889 no mesmo local em que existe até hoje. A fachada externa é muito simples, mas dentro o ambiente é acolhedor, clássico, inclusive senti falta de mais referências à história do restaurante ou mesmo do Mercado. No centenário Fun Fun de Montevidéu, por exemplo, há uma parede inteira com fotografias e recortes de jornais da sua história. Embora o restaurante tenha sido criado por alemães, nos anos 60 foi vendido para os atuais donos, e a culinária passou a ser a portuguesa. O protagonista do cardápio é o bacalhau, desde o famoso bolinho até pratos como o Gomes de Sá. Os garçons são uma atração à parte, pelo menos dois deles nos contaram que trabalham no Mercado Público há quase 50 anos, há mais de 20 no restaurante. Vale mencionar ainda que ao lado, ainda no Mercado, tem o Restaurante Naval, também centenário (este inaugurado em 1907) e também especializado em gastronomia portuguesa e frutos do mar. Um pouco mais adiante, à frente do Mercado Público, vale ainda uma visita ao Chalé da Praça XV, inaugurado em 1885 como um quiosque de sorvete, transformado em restaurante em 1909 e cuja belíssima casa é hoje tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal.
Nos shoppings de Porto Alegre há hoje muitos restaurantes de rede, como os internacionais Outback e Applebees e os nacionais Peccorino, Madero e Coco Bambu, mas o Hard Rock vale um destaque. Um dos poucos restaurantes da rede no Brasil, chama a atenção pela localização privilegiada no Pontal, com vista para o rio e o pôr do sol, e pelos shows diários, uma marca registrada do Hard Rock Gramado que não é tão comum nos restaurantes da marca ao redor do mundo.
A galeteria Mamma Mia se tornou onipresente em Porto Alegre. Criada em 1985 em Gramado, onde ficou famosa pela sua farta sequência de massas e galeto, abriu dezenas de filiais a partir de 2012, estando presente em quase todos os shoppings e com loja própria em alguns dos principais cartões postais da cidade, como o Pontal e o Cais Embarcadero. Há unidades Express, com pratos prontos, e restaurantes, todos eles muito bonitos e bem decorados. Nos restaurantes é possível optar pela sequência ou por pratos à la carte, meus preferidos. Outra galeteria com origem na serra gaúcha que faz sucesso entre os porto-alegrenses é a Di Paolo. Em Porto Alegre há algumas unidades da Expresso Di Paolo, sua versão de pratos prontos, e um restaurante grande no Boulevard Laçador. Vale salientar que tanto a Mamma Mia quanto a Di Paolo já romperam as fronteiras do Estado e têm lojas também em SC e PR. A Di Paolo foi além, com unidades em São Paulo que chamam a atenção pela suntuosidade.
O 72 New York, criado em 1985 na Rua Nova York, abriu espaço para um interessante ponto da noite porto-alegrense que hoje reúne bares e restaurantes no bairro Auxiliadora, se estendendo dali até os arredores da Rua 24 de outubro. O destaque é o próprio 72 New York, que conta com mesas na rua, área interna com luminosos e bar instagramáveis e um espaço que vira festa alterando os ritmos a cada noite. A referência a Big Apple está mais no nome e na decoração do que no cardápio, o que talvez seja um acerto, pois os pratos e petiscos bem brasileiros têm ótimo custo-benefício. Na região também há pizzaria, parrilla, restaurante japonês, xis, cervejaria e uma unidade do Roister.
Uma das regiões mais charmosas da cidade é a região da Padre Chagas e da Dinarte Ribeiro, onde há também o luxuoso hotel Hilton e o Moinhos Shopping (onde, aliás, há um dos melhores cinemas da cidade, com uma curadoria que vai além dos blockbuster). Hoje o que mais chama a atenção é a quantidade de bares, restaurantes, cafeterias e sorveterias. A lista seria exaustiva, pois a região tem do 20/9 (carnes) ao Asiana (comida asiática), passando pelo Puppi Baggio (massas), Daymu (sushi), Dionísia (wine bar), etc. Para quem gosta de sorvete, há uma Baccio di Latte na região, mas eu destacaria a Just Cold Creamery, que serve ótimos cookies e sorvete na chapa, e a inigualável e bem porto-alegrense Torta de Sorvete.
Uruguaios e argentinos são famosos pelas suas carnes, e sem dúvidas a criação do churrasco gaúcho tem origem nessa influência. Mas os hermanos assam carne de uma forma diferente, então por lá não vemos churrascarias e muito menos espeto corrido, e sim parrillas. Porto Alegre não poderia deixar de ter boas parrillas, como a Parilla del Sur. Nestes locais, uma atração à parte é que você pode ver a grande parrilla sobre o fogo em brasa assando os quitutes, de entrecots a batata, cebola, pimentão, linguíça, queijo. Para quem gosta e pode, as sobremesas à base de doce de leite são também caraterísticas da culinária platina.
Para quem gosta de lanches e gordices, o Xis é uma criação gaúcha que vale ser experimentada. Popular a partir dos anos 70, é a versão local dos chesseburguers (cheesse, no caso, virou xis), mas com um pão maior, prensado na chapa e, o mais importante, mais ingredientes. Na versão clássica, o xis tem pão de hamburgues, queijo, presunto, ovo frito, tomate, alface, milho e ervilha. Mas dá para tirar algum ingrediente ou inserir de bacon a fritas, assim como é possível trocar a carne por frango, calabresa ou coração de frango. Sim, é clássico por aqui o X Coração, pra quem gosta... Lancherias que servem xis são em geral lugares simples, como a Lancheria do Parque, Cavanhas, Gelson, Moita, Palácio do Xis. Recentemente surgiram redes de xis que levaram a iguaria a shoppings, como Ô Xiss.
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